segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Desculpas.

   Era noite de sexta, estava em casa sem ter o que fazer liguei a televisão para ver se passava algo de bom. Infelizmente não havia nada, apenas o jornal. Não que o jornal seja ruim, mas não era bom para o momento. Eu só queria algo para me destrair, hoje havia sido um dia pesado, eu havia terminado com meu namorado, aquele cara que eu achava que seria para sempre... Eu só queria ter algo para pensar agora e esquecer daquela briga, eu não queria pensar nele, mas estava meio impossível, em casa só na sexta... não há muito o que se fazer. Nesse instante a cadela pulou no meu colo, com aquela cara mais fofa do mundo, eu sabia o que ela queria, queria passear. Subi, não demorei muito, arrumei meu cabelo, coloquei uma roupa melhor para sair na rua, porque enfim, seria estranho se eu saísse com top e  shortinho né? Peguei a coleira dela e sai.
   Andava calmamente com os olhos fixos na calçada, mas se tivesse uma pedrinha ali, era capaz de que eu tropessasse, olhava para frente, acenava para as pessoas que passavam na rua, mas minha mente estava em outro lugar, não sei onde direito, mas estava perdida em algum canto.
   Depois de um tempo resolvi voltar para casa, ainda bem que essa caminhada tinha esfriado minha mente, agora quando chegasse eu poderia dormir, ou ligar o computador para ver se tem alguém que preste online.
   Não havia virado a esquina, percebi que tinha alguém na porta da minha casa, não eram meus pais, eles só voltariam depois do aniversário da minha tia avó, que era na segunda, também não estava esperando ninguém, me aproximando mais pude ver quem era. Andava em círculos com um buquê de rosas na mão, e falava consigo, sussurrava, e depois gritava, parecia um maluco.
- O que está fazendo aqui?- Falei quando ainda de longe.
- O que? Você deveria estar lá dentro, para quando eu bater a porta..- Disse ele
- Mas não estou! O que está fazendo aqui?- Falei brava.
- Eu precisava falar contigo.
- Pode falar.
- Ah, não era para ser assim. Era para eu bater na porta e você abrir com aquela cara de quem está de saco cheio de não fazer nada, com aquela roupa toda amassada por estar horas jogadas no sofá, ai eu a surpreenderia citando um texto de Caio Fernando Abreu e te entregaria essas flores, ainda falaria mais coisas e no fim pediria desculpas por aquela briga boba, dizendo que não sei ficar sem você, que não consigo nem passar  um dia inteiro longe de ti, que no momento que você me deu as costas eu me senti tão sozinho. Ai te pediria para voltar, e diria que a amo.

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