domingo, 11 de dezembro de 2011

Se toca, eu disse que te amo!

 Sempre fui afim de um garoto, o nome dele é Lucas, é um menino metido da sala, não tinhamos muito a ver, já eu não era uma das garotas populares com quem ele anda. Por surpreendente, estava numa festa e ele veio falar comigo. Papo vai, papo vem, nós acabamos ficando, e foi perfeito, quer dizer, foi mais que perfeito, eu poderia ficar alí com ele até o fim da minha vida, era tudo muito incrível. Mas claro, a noite acabou, minha mãe chegou e eu tive que me despedi, ele foi mega fofo comigo.
   Na segunda feira, fui ao colégio toda... sei lá, cheia de esperança de que algo bom acontecesse. Mas logo quando estava chegando na minha sala o vi num canto conversando com a Natasha, uma vadia que já pegou metade dos meninos do colégio, e claro, a isso incluia o Lucas. Ela dava pulinhos, gritinhos estéricos e até batinha palmas, já ele não deixava de rir. Aquilo me acabou, eu entrei correndo na sala e baixei a cabeça, fingindo que estava dormindo, justamente para ninguém falar comigo. Lá para o terceiro horário fingi que estava passando mal, só para não ter que continuar lá vendo o Lucas conversando com várias garotas, e todas felizes pulando ao lado dele.
   Na terça continuei fingindo que estava mal, minha mãe me deixou ficar em casa. Na quarta passei mal de verdade, sei lá, acho que de tanto querer as coisas acontecem, então, de tanto eu pedir para ficar doente e ir ao colégio, acabou acontecendo. Fiquei o resto da semana mal, mas melhorei no sábado, ou seja, segunda eu com certeza iria ao colégio, e além de ver o Lucas com outras garotas, ainda teria muito trabalho a fazer, muita coisa para estudar.
  Cheguei bem cedo para aula, e logo  quando vou entrando na sala alguém me abraça.
- O que houve? Você ficou doente? Já está melhor? Eu senti tua falta, não sabe o quanto é ruim ficar uma semana sem te ver.- Era o Lucas, ele falava uma coisa atrás da outra.
- O-o-o que vo-o-ocê está fazendo?- Sim eu estava gaguejando, estava assustada.
- Ué, estou te abraçando e dizendo que senti tua falta.- Ele disse se afastando para me olhar.
- Você sentiu minha falta?
- É, senti, não pode?
- Poder pode, mas vindo de ti... é meio estranho.- Falei olhando para baixo
- Ué, porque?- Ele colocou a mão no meu queixo e levantou meu rosto.
- Porque você não é nada meu, porque... é estranho.
- Não sou nada? E aquele beijo na festa?- Ele falou meio cabisbaixo
- Aquele beijo, foi um beijo, só.
- E não significou nada para você?
- Significou para ti?- Perguntei sem responder.
- Claro, claro que significou.- Ele quase gritou.
- Sério? Não parece, logo na segunda você estava de fricofrico com quase todas as garotas da sala.
- Fricofrico?- Ele falou levantando uma sombrancelha.
- É, de papinho com elas.- Falei fazendo careta e ele riu.
- Ah, sei do que você está falando.... As meninas né?
- É, você ficou com elas, todas elas.
- Sim fiquei, com todinhas.
- O QUE?- Eu gritei
- Fiquei com elas a muito tempo, sim, mas não era por isso que estavam comigo.
- E era porque?
- Era que eu tinha falado a elas que tinha descoberto a garota perfeita para mim. E elas estavam tentando adivinhar.
- Ah é?
- Aham.
- E quem é ela?
- Tenta adivinha também.... vou te dar umas dicas. Ela é linda, muito linda, é esperta, meio nerd, então é muito mais esperta que eu, é tímida, meiga e é meio confusa. Já sabe quem é?
- Não, diz uma letra do nome dela.
- Começa com "La" e termina com "ra".
- "La" não é uma letra, é uma sílaba.
- Nossa, eu acabei de dizer que estou apaixonado por você e a unica coisa que consegue pensar é em português?
  Nesse momento me toquei do que ele tinha falo e o beijei, que perfeito, isso era perfeito, era tudo o que eu mais queria.

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